Análise da precificação de microsseguros de pessoas com cobertura de morte
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Vencedor do terceiro lugar na categoria Trabalho de Graduação do 1º Prêmio SUSEP de Pesquisa em Seguros.
A indústria securitária tem se desenvolvido, especialmente no produto microsseguro de pessoas. O microsseguro tem como característica baixo capital e consequentemente, seu prêmio. A modelagem e precificação requer atenção ao desenho ideal levando em consideração fatores distintos devido à população alvo e suas necessidades. Entretanto, a baixa adesão ainda preocupa, pois traz riscos a sustentabilidade desse tipo de plano.
Diante disso, a partir dos dados do IBGE, SES/SUSEP, tábua de Beltrão, e IBA, foram calculados os prêmios puros para as idades 30, 50 e 70 anos considerando a renda per capita mensal das regiões do Brasil. Analisando os prêmios, considerando a renda para precificação, foi possível identificar que a mortalidade apresenta relação inversa à renda, ou seja, maior probabilidade de morte para indivíduos com rendas menores. Também, em todos os casos, os prêmios são mais elevados aos homens em relação aos prêmios puros estimados para as mulheres. Além disso, o lançamento da tábua BR-EMS 2021 demostrou a precificação com menor valor de prêmio em relação ao verificado com a Tábua de Beltrão. Desse modo, o mercado de microsseguros de pessoas necessita atenção especial, pois difere-se do mercado de seguro de vida convencional, devido ao fato de ser a população dominante no país.
Assim, este estudo apresenta contribuição para o meio acadêmico e para o mercado segurador em geral, de forma a transmitir conhecimento sobre a necessidade de desenvolvimento do produto destinado as pessoas de baixa renda, bem como novos critérios de precificação de prêmio puro, na qual possui comportamento e perfil de risco diferente dos demais públicos.
Por: Juliana Araújo Gonçalves